"A economia deixa de dominar a sociedade, as forças e as capacidades humanas deixam de ser meios de produzir riquezas; elas são a riqueza, ela mesma. A fonte da riqueza é a atividade que desenvolve as capacidades humanas [...] Uma inversão fundamental se opera: não é mais o homem que é posto a serviço do desenvolvimento da produção; é a produção que é posta a serviço do desenvolvimento humano, ou seja, da produção de si. A diferença entre produzir e se produzir tende a se apagar. O trabalho de produção é assegurado de modo a que melhor sirva ao "desenvolvimento de uma individualidade rica" que se satisfaz "na sua produção tanto quanto no seu consumo, e cujo trabalho não surge mais como trabalho, mas como atividade (pessoal)" (O Imaterial. p. 62 - André Gorz)
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